Doença perigosa, crônica, a obesidade atinge milhões de indivíduos ao redor do mundo. Sendo característica de países ricos, ganha cada vez mais espaço em países em desenvolvimento, como o Brasil. Por ser muita perigosa, é preciso que se aprenda a se prevenir e tratar a obesidade de forma eficiente.
Nos Estados Unidos, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, o número de casos de obesidade dobrou, sendo que 30% da população tem sobrepeso, 15% são obesos e 3% são obesos mórbidos, assim 48% dos indivíduos estão acima do peso. Portanto, perde em mortes prematuras apenas pelo fumo, atingindo o nível de 300 mil mortes por ano apenas nos EUA.
Mas nesse post, a atenção é com os países em desenvolvimento. Algum tempo atrás, a preocupação desses Estados era com os elevados níveis de subnutrição, que no Brasil caiu ao longo desses 20 anos de forma drástica, porém com um aumento no sobrepeso, dessa forma o país vem substituindo rapidamente o problema da escassez pelo excesso.
Tal fato decorre das mudanças nos padrões nutricionais, correlacionadas com alterações socioeconômicas, demográficas e entre outros. No século XX, a dieta era bastante baseada em alimentos ricos em gorduras em contradição a fibras e carboidratos complexos. Estes últimos, ao contrário dos carboidratos simples, são digeridos ou assimilados mais lentamente pelo organismo e, como consequência, a sensação de saciedade se prolonga por mais tempo.
Como já apresentado em outros posts, a renda e escolaridade influenciam a obesidade. Uma pesquisa da especialista Ana Lúcia Medeiros de Souza, para a dissertação de mestrado da Faculdade de Saúde Pública de São Paulo mostrou que esse fato é mais perceptível em relação com as mulheres, e é nelas que o problema é mais visualizado, decorrente da pressão social e pelo culto a beleza.
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Na pesquisa, na Região Nordeste os resultados foram parecidos aos dos países subdesenvolvidos, em que a obesidade cresce paralelamente a renda e a escolaridade. Assim, nessa região, os obesos se destacam nas classes mais altas, por terem um maior acesso a alimentação, enquanto, os pobres ainda se localizam na fase de subnutrição, pois suas rendas são tão baixas, que o acesso a muitos alimentos é quase inexistente, principalmente os da "moda", os famosos fast foods, que são hoje um dos propulsores da obesidade.
Contudo, na Região Sul, os resultados foram opostos, em que a obesidade cresce quando menor é a renda e a escolaridade, situação parecida com os países desenvolvidos. Essa observação, é explicada, porque nessa região os indivíduos mais ricos procuram se alimentar mais corretamente e praticar exercícios físicos, afim de atingir o ideal de beleza exigido pela sociedade.